domingo, 10 de julho de 2011

O Último Samurai


“Eu me apresentei. Você se apresentou. Isso é uma boa conversa” – Katsumoto  Moritsu

Bom, esta postagem é meio diferente do que normalmente eu escrevo. Escrevo porque acabo de ver O Último Samurai. Poderia fazer uma análise ou crítica do filme, mas vou poupar tempo (meu e seu) porque o filme é de 2003 e provavelmente todos já viram e sabem que a produção orçada em U$100 milhões justifica cada centavo. Fotografia e direção de arte impecáveis, atuação excelente de Tom Cruise (que também produz o filme) e uma indicação ao Oscar para Ken Watanabe, que representa um time de coadjuvantes competentíssimo. É, acabei fazendo a análise, mesmo que superficialmente.


“Perfeitas... todas são perfeitas” – Katsumoto Moritsu

Escrevo mais para contar da minha relação com este filme que é, ao lado de Moulin Rouge, um dos mais importantes na minha vida. Tinha 18 anos quando o assisti pela primeira vez, em uma fase pra lá de confusa, início de faculdade, transição para a vida adulta, primeiro emprego, etc.  A busca dos orientais pela perfeição em cada ato, em cada atividade do dia, foi uma das coisas que mais me marcou. Isso contribuiu muito para a formação da minha personalidade como ela é hoje em dia. E isso irrita muita gente.


“Não podemos nos esquecer de quem somos, nem de onde viemos” – Imperador Meiji

Essa fase coincide também com a perda de alguém muito importante na minha vida. Talvez a pessoa que tenha contribuído mais com a minha educação e formação, deixou um buraco em mim, principalmente pelo fato de que não pude sofrer e chorar tudo o que gostaria, pois tive que segurar o resto da família, que parecia ter menos forças do que eu. Tive uma espécie de revolta adolescente atrasada, onde fiz coisas que não eram exatamente da minha natureza, e que muito menos me dariam prazer ou satisfação. Até que não me reconheci mais e resolvi parar. Reiniciei muita coisa na minha vida, repeti inúmeras vezes as lições sobre aceitação do destino que aprendi aqui, e carregarei para sempre a contribuição dos mais antigos.


“Um homem faz o que pode até o destino se revelar” – Capitão Nathan Algren

A motivação para este texto é que me encontro novamente em uma fase difícil da vida. Passadas crises pessoais e profissionais, minha cabeça parece finalmente estar cedendo à pressão. Decepcionado com tudo e todos, acabo achando forças em um filme que já assisti uma infinidade de vezes, que já decorei todos os diálogos. E que mesmo assim me emociona e me ensina uma coisa nova a cada vez. Saio um pouco fortalecido, em busca da

“...pequena medida de paz que todos nós procuramos, mas que poucos encontram.” - Simon Graham


Por Tiberius

5 comentários:

  1. Essa ultima frase ai é a que mais gosto, principalmente ouvindo a trilha sonora

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    1. É um filme repleto de reflexões! Esta é uma frase das que mais amo.

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    2. É um filme repleto de reflexões! Esta é uma frase das que mais amo.

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  2. Me deparei com seu blog buscando a frase a baixo. Obrigado.
    “Eu me apresentei. Você se apresentou. Isso é uma boa conversa” – Katsumoto Moritsu

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