quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Piranha – um péssimo filme bom ou um excelente filme ruim?

O título do post resume tudo. Estou eu em casa, sem nada pra fazer, depois de assistir a muitos episódios de The Big Bang Theory e Star Trek, enjoado de tudo. Eis que começa no Telecine “Piranha” (2010).
A história é um clichê básico. A cidadezinha de Lake Victoria recebe uma verdadeira infestação de jovens sarados nas férias de primavera. O protagonista é um morador da tal ilha que é convidado a participar de um filme pornô (!!!!). Mais década de 80 que isso, impossível! Um terremoto abre uma fenda que isolava um bolsão de onde sai um infindável cardume de piranhas pré-históricas. As piranhas comem todo mundo. Desculpe se você considera a informação anterior como spoiler, mas acho que todos já sabiam que isso iria ocorrer, certo?



Se você curte filmes de terror trash dos anos 80 se divertirá muito aqui. Se não, provavelmente vai vomitar com 10 minutos de filme. O diretor Alexandre Aja se diverte com a estética típica da década de 80 ao mesmo tempo em que brinca com a nova tecnologia 3D. Porém, o diferencial aqui é que o surtado diretor leva tudo ao máximo. Se nos filmes em que se inspira havia uma ou outra mulher de seios fartos morrendo, aqui é proibido morrer vestida. Mesmo assistindo ao filme em 2D, chega a ser engraçado ver o recurso do 3D sendo usado à exaustão, onde a todo momento são jogadas piranhas, água, pessoas nadando e até o chumbo do tiro de uma shotgun na tela, em direção ao expectador.



Se tivesse assistido em dvd, provavelmente teria pausado muitas vezes para ver o competente e criativo trabalho da maquiagem do filme. Os ferimentos mais diferentes e bizarros são apresentados na praia, como pessoas correndo sem os pés, uma mulher que perde o couro cabeludo e parte do rosto, entre outros.
Se você conseguir entender que é um filme despretensioso, que não se leva a sério, terá diversão garantida. As cenas que deveriam ser chocantes são terrivelmente hilárias. No clímax do filme, onde há um ataque em massa das piranhas aos jovens saradões, ao invés de ficarmos tensos no sofá com a quantidade de mortes horrendas e o mar vermelho de sangue, tudo o que consegui foi dar muitas risadas. Um policial matando peixes a tiros. Uma vítima resgatada por duas pessoas que se parte ao meio, ficando metade com cada um dos salvadores. Um seio de silicone que sai boiando do cadáver. Isso é sério.



Enfim, o filme é divertido. Uma horrível obra cinematográfica, mas que entretém e diverte muito se você conseguir desligar o cérebro a apreciar os exageros (propositais).
E em mais um uso desnecessário e totalmente exagerado do recurso 3D, uma piranha cospe um pênis na sua direção. Sim, é sério.

Por Tiberius

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